quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

CARNAVAL

Este ano o bom tempo não esteve com o Carnaval. E foi pena. Por todas as razões e mais algumas, como se costuma dizer. Não é que apreciemos grandemente as folias, por vezes verdadeiramente estúpidas, de certos ‘brincalhões’ mas como, uma andorinha não faz a Primavera, também não são alguns ‘atrasados mentais’ que chegam para dar mau nome às brincadeiras de Carnaval. Este ano visitámos Torres Vedras no dia 29 e tivémos a agradável surpresa de vermos que o tema do seu Carnaval era a Banda Desenhada e os seus múltiplos ‘heróis’. Sendo ‘fans’ incondicionais da BD foi um prazer verificarmos a grande quantidade de bonecos feitos com a maior perfeição, recriando o ambiente em que exerciam as suas ‘capacidades’.
É claro que não poderia faltar a crítica social e os seus ‘bonecos’ tão representativos.
Não sabemos como foi ... não sabemos se o tempo ajudou esse desfile ... não sabemos como iriam reagir ou reagiram as pessoas perante aquele tema mas, pelo que vimos e ouvimos na altura, as possibilidades eram ‘mais que muitas’ de ter sido um belo desfile.

'CAÇA' fotográfica

Não somos adeptos da caça no seu sentido literal. É algo que não nos interessa embora, em certos casos, poucos, comprrendamos a sua necessidade e utilidade.
Contudo existe uma vertente desse conceito que nos agrada sobremaneira: a de ‘disparar’ não uma arma de fogo mas uma maquina fotográfica. E não é nada fácil, talvez até um pouco mais difícil do que disparar uma espingarda. Senão, vejamos o que nos aconteceu um dia, belo dia soalheiro, convidando a um pequeno passeio de carro pela lezíria ribatejana. Não nos podendo dirigir a onde pretendíamos pelo facto de os caminhos não estarem nas melhores condições, optámos por fazer um passeio a baixíssima velocidade para apreciarmos o que a natureza nos oferecesse. Tivemos oportunidade de ver algumas espécies de aves que, pela sua ‘modéstia’ natural e contra o nosso gosto, não se deixaram fotografar. Outras, talvez cientes das suas capacidades de fuga ou ingenuidade, não se afastaram desde que nos mantivéssemos dentro do carro. Foi o que sucedeu com um par de perdizes, lindas, que se mantiveram na berma oposta da estrada em que estávamos, ali a dois metros de nós. As fotografias não ficaram nada famosas porque, como se disse, o carro não podia parar. Um outro passarito deixou-se fotografar porque nos mantivemos bastante afastados e ele não se sentiu ameaçado. Agora o que foi lindo foi ver as aves de rapina, foram várias, ora paradas ora em voo. Também difíceis de fotografar porque tínhamos sempre de o fazer de longe, com uma objectiva de 600 mm e isso não é fácil. Mas mesmo assim ficámos com uma ideia do que eram.
Foi lindo. Mas foi simultâneamente uma brincadeira feita com animais que se afastavam sempre que se sentiam ameaçados. Mas não era essa a nossa intenção e eles não o sabiam. E a sua memória não lhes permitia dar demasiada confiança a estranhos.