sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

FIBDA - 2007



No ano passado mais uma vez nos deslocámos à Brandoa para visitar o Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora. Mais uma vez verificámos que os resultados do mesmo não correspondiam àquilo que tínhamos sonhado ver. E pior. Estava pior que nos anos anteriores. Tinha vindo a decair de ano para ano. Pensámos enviar um comentário ao seu responsável mas por outro lado pensámos:’O que é que andam por lá a fazer? Não têm olhos na cara para ver como aquilo está?’. Desistimos de o fazer. E ainda bem porque houve quem visse, quem reflectisse e quem apresentasse algo de dom nível. Este ano a coisa funcionou, embora pensemos que podia ser melhor. Há muitas áreas da vida que ainda não foram tratadas no FIBDA. Este poderia organizar-se de modo a mostrar todas as potencialidades da BD, tudo aquilo que ela nos poderia dar. Mas já não foi mau como no ano passado. Vamos ver o que nos reserva o seu futuro.

NATAL 2007 - II

O Natal sempre nos foi querido, pelo que representava e pelo que nos trazia. Era uma época em que se relembravam valores e tradições que davam um certo sentido à nossa vida. Hoje isso parece ter sido ultrapassado, parece que o que esteve na origem desta época, desta celebração, já não tem razão de existir.
É certo que o Menino Jesus não tem sentido para muita gente. Mas nesse caso porque celebram o Natal? Apenas porque se foi tornando na festa da família, como muitos gostam de dizer? Mas a família não existe todo o ano? Então porque é que se pretende substituir o Menino Jesus pelo Pai Natal? Porque Aquele recebe presentes e este dá? Porque para dar presentes é preciso adquiri-los e isso é maravilhoso para as empresas que os fornecem? Ainda que o dar seja uma forma de ostentação económica e não seja sempre o reflexo de uma amizade mas muitas vezes de um dever? Se me deram algo que custou X este ano tenho de retribuir com outra coisa que custe X + Y... não posso ficar atrás... Cada vez se torna menos significativo dar presentes nesta época natalícia: dá-se cada vez mais porque se tem de dar, não porque nos dê prazer fazê-lo. Cada vez mais o Natal se está transformando numa época em que se TEM DE DAR, seja o que for, ainda que o prazer de dar e receber seja cada vez menor, em que o espírito natalício está a ser substituído pelo espírito do comerciante, em que espírito do comerciante mais uma vez está a entrar na alma das pessoas e na sua forma de pensar, colonizando-as, obrigando-as a passar o dinheiro das suas bolsas para as bolsas deles, sem qualquer melhoria moral e social de quem compra. Hoje é o nosso dia pessimista, mas realmente não vemos melhoras... Bom Natal para todos nós.

OLHÃO e NOVA OEIRAS

No passado dia 15 tivemos a dita de poder assistir ao ensaio do Coro de Santo Amaro de Oeiras na Igreja Matriz de Olhão como preparação do seu Concerto de Natal. Não pudemos assistir ao concerto - era à noite - mas ficámos com a ‘água na boca’ e atentos a um próximo concerto. Nesse sentido assistimos ontem ao seu Concerto de Natal em Nova Oeiras, desta vez com a presença do quarteto de cordas e percussão ‘Os Corvos’. Só posso dizer que foi espectacular. Começou com a actuação do Coro Infantil, continuou com o agrupamento Mais-Música, prosseguiu com a actuação d’Os Corvos e finalizou com o Coro Adulto, nalgumas peças acompanhado pel’Os Corvos.
Foi um grande espectáculo musical de Natal que terminou com o ‘Gloria in Excelsis Deo’ cantado por toda a gente presente. Foi lindo, lindo. Tanto em Olhão como em Nova Oeiras estrearam duas novas solistas que auguram ao coro um bom futuro nesse campo. Vamos a ver como será, porque voz não lhes falta e sentimento também não.
Lamentamos não ter imagens do Concerto de Nova Oeiras. Paciência.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

TORRES VEDRAS - FEIRA RURAL

No passado dia 13 de Outubro houve uma Feira Rural nas ruas de Torres Vedras. Embora não inédita nesta cidade – parece que se realiza nos meses de Verão também em Santa Cruz - esta feira conseguiu juntar muita gente que aqui se deslocou com a finalidade de a visitar e, obviamente, de adquirir bens da produção exclusiva dos torreenses. Tudo o que estava à venda era da lavra das suas terras, da manufactura das suas gentes ou de sua propriedade. A Câmara, que tomara esta iniciativa, não deixou por mãos alheias a sua realização e o seu acompanhamento. Deste modo cedeu gratuitamente espaços, bancadas e sacos, bem como se preocupou em convidar uma pequena Banda de Turquel, Alcobaça, para melhorar ainda mais o ambiente vivido; o que foi plenamente conseguido. Foi um acontecimento diferente, muito colorido e muito agradável que, esperamos, tenha continuação

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

ATAFONA

Na Antiga Roma era chamada 'mola manuaria' ou, mais tarde, 'mola asinaria' ou 'mola jumentaria'; contudo a palavra portuguesa deriva do árabe 'at-tahuna' que significa moinho. É um moinho movido à mão ou pela força de um animal (mula, burro, boi etc) e cuja roda motora se encontra num plano horizontal junto ao chão ou a uma altura de cerca de 2m. Situa-se dentro duma casa, muitas vezes a habitação do atafoneiro. Eram muito usadas onde não havia água (ou esta era escassa) ou vento ou nas cidades, uma vez que podiam ser instaladas no meio do casario não dependendo, portanto, da existência inconstante da água ou do vento. Contudo outros problemas se colocavam como, por exemplo, questões higiénicas e questões relacionadas com a alimentação dos animais em épocas de carestia.

Os principais tipos são de:
- transmissão directa
- transmissão indirecta ou por carreto
- tipo pompeiano

Este tipo de moinho era muito usado também nos lagares de azeite.

domingo, 9 de dezembro de 2007

INVERNO ?


E quanto a inverno molhado nada! Cá vamos tendo um pouco de frio, algumas constipações que nos fazem lembrar esta época de calendário, mas quanto a água... nada! Só receamos que mais tarde tenhamos que pagar uma factura muito cara pelo 'bom' tempo que alguns, muitos, tanto apreciam agora. Contudo, e como nada podemos fazer para corrigir este desarranjo meteorológico, podemos apreciar as cores da natureza que a limpidez da atmosfera por vezes nos permite.

NATAL 2007 - I


Ontem, dia 8 de Dezembro, tivemos a dita de poder assistir a um concerto de Natal na Igreja do Livramento, Azueira, Mafra. A iniciativa partiu da Câmara Municipal de Mafra, com a participação do Quarteto de Cordas da Orquestra Sinfónica Juvenil e do Coral de Linda-a-Velha. Foi um momento alto desta época Natalícia, não só porque é raro acontecer semelhantes eventos nesta localidade, como também pelo bom nível dos participantes. Só foi pena o órgão setecentista recentemente restaurado não ter participado com a sua 'voz' neste concerto. Os frescos da capela-mor desta igreja que se encontravam por detrás e por cima dos executantes foram recentemente objecto de cuidado restauro.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

LISBOA - Parque das Nações

Numa destas tardes tão enganadoramente idílicas que nos têm acompanhado já há algum tempo dedicámos algumas horas ao Parque das Nações, aproveitando para passear, para exercitar a vista olhando para além das distâncias que separam os prédios das nossas ruas, para ver algum ‘verde’ tão refrescante e tão vivo, para ouvir os ‘nossos’ pequeninos a brincar com os pais gritando a vida que tão inocentemente gozam.
Vimos, conforme as imagens documentam, alguém dentro da lama apanhando algo que presumimos serem minhocas para a pesca. Seriam? Não conseguimos distinguir porque estávamos relativamente afastados e porque a lama era tão negra como carvão.
Esta cena era frequentemente vista entre o Terreiro do Paço e o Cais do Sodré antes das malfadadas obras do metro terem começado. A propósito:
- quando terminarão? e
- quanto tempo o Cais das Colunas necessitará para ser reconstruído após o terminus das obras do metro?

ESPANHA - Salamanca

Salamanca foi, da nossa última viagem, a cidade em que nos demorámos menos. Porque a viagem de regresso era muito longa e porque já a conhecíamos relativamente bem. Contudo, como não pudemos deixar de o fazer, ao passar por lá tínhamos de revisitar a Casa Lis, um museu de Art Déco e Art Nouveau, cujo recheio nos deixa continuamente de ‘água na boca’. É um facto que no ‘nosso’ Museu Gulbenkian também encontramos muitas peças de autores lá representados, como por exemplo Lalique. Mas todo o ambiente é extremamente sugestivo, uma vez que o Museu está instalado numa casa que foi construída ao estilo das peças que hoje mostra.
As imagens aqui vistas mostram uma igreja românica, junto ao rio, uma torre duma das catedrais, a ponte romana, as varandas traseiras em vitral Arte Nova da Casa Lis e o moinho de água junto ao Casino.
Na outra imagem podem ver-se exemplos do que se encontra dentro da Casa Lis e que são algumas das reproduções do seu folheto de entrada.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

ERICEIRA - IV

No mesmo dia – no passado domingo – se puderam ver na Ericeira imagens tão díspares mas ao mesmo tempo tão belas. O sol estava brilhante, incidindo toda a sua luz sobre as cores dos barcos e das paredes. Era uma beleza. O mar, não pela sua luz mas pela sua força e ritmo das suas ondas, fazia-nos sentir pequeninos. Quem o visse de longe parecer-lhes-ia calmo mas, perto dele, quase que se poderia sentir a sua vontade que se iria ou poderia sobrepor à vontade dos homens e ao que eles construiram. Como nos dizia a mulher dum pescador:’Desta vez é que o molhe vai...’, talvez não com o sentido literal das palavras usadas mas querendo significar que ele, o molhe, existirá enquanto o mar o permitir.




LAGAR DE AZEITE

Fomos no passado sábado visitar um LAGAR DE AZEITE situado em Lamarosa, perto de Torres Novas. Já tínhamos entrado em alguns lagares de azeite mas foi a primeira vez que vimos um lagar em plena laboração. Embora não totalmente tradicional – é quase todo movido a electricidade – possui, contudo, o lagar tradicional, isto é, formado por, neste caso, duas mós ou galgas, que esmagam as azeitonas como ‘antigamente’. O seu encarregado é, desde há 30 anos, o sr.Armindo que vem de Cantanhede todos os anos para este trabalho que se inicia pelos Santos – 1 de Novembro – e se estende até meados de Dezembro, por vezes até vésperas do Natal.
Eis o processo de fabrico do azeite tal como o vimos.

As azeitonas, recebidas normalmente em sacas, trazem muitas impurezas, quase sempre folhas de oliveira. São, pois, por vezes despejadas em tabuleiros para retirar algo mais volumoso e, depois, introduzidas numa tarara para uma limpeza mais efectiva. Daqui são despejadas dentro dum tegão e levadas ao lagar por um parafuso sem-fim.

Após o esmagamento por mós ou galgas, girando verticalmente dentro dum lagar cónico, a pasta resultante sai para um pequeno tegão donde é conduzida ao depósito que contém água quente a cerca de 70 º onde são misturadas. Isto destina-se a facilitar todo o processo de tratamento da pasta de azeitona já que esta, sendo espessa, é muito difícil de trabalhar: a água quente fluidifica a pasta, facilitando a obtenção do azeite.

Esta pasta, azeitonas esmagadas e água quente, é depois depositada pouco a pouco sobre as seiras que se vão colocando umas sobre as outras num dispositivo que será posto na prensa para se obter o máximo de aproveitamento de azeite.

O líquido negro obtido, que entretanto já tinha começado a escorrer sob o próprio peso da pilha de seiras completas, é armazenado em pequenos tanques ou depósitos, ficando em repouso durante 12 horas, tempo calculado como suficiente para o processo de decantação se completar, separando a água do azeite.

A separação é verificada, isto nos processos tradicionais, com o uso de uma varinha (a ‘varinha de condão’), nalguns casos uma pequena e fina varinha de marmeleiro, possibilitando-se, assim, saber onde acaba o azeite e começa a água. Como: introduz-se a varinha no azeite com movimentos de um lado para o outro, afundando-a cada vez mais. Enquanto é azeite, não há trepidação na varinha, o seu movimento é suave e uniforme; logo que toca na água sente-se uma trepidação provocada pela diferente densidade encontrada.

A água russa é retirada pelo fundo do tanque, após o azeite ter sido bombeado a partir de cima com a ajuda de uma pequena bomba eléctrica. Tradicionalmente, ou melhor, o processo mais antigo consistia em deixar sair o azeite para dentro de um outro tanque.

No lagar que visitámos tudo está mecanizado, à excepção da movimentação das seiras.
Números obtidos:
- proporção azeitona vs azeite: 36 sacos de azeitona = 100 litros de azeite (+/-)
- azeitona madura dá mais azeite (+/- 18 %) enquanto que a azeitona a passar de verde para
negro dá apenas 10 % embora seja melhor.
- maquia (paga do trabalho de moagem da azeitona): 1 € por litro de azeite

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

EL PERDIGON - Espanha

Já perto das três da tarde achámos que era mais do que tempo para irmos almoçar. Até porque El Perdigon, a pequena povoação onde nos tinham aconselhado a ir almoçar, distava de Zamora cerca de 11 quilómetros. Disseram-nos que serviam bem e que a povoação tinha como grande curiosidade as suas ‘bodegas’. Ligámos o GPS para sair de Zamora e lá nos dirigimos para El Perdigon. Ao aproximar-nos de El Perdigon ficámos num dilema: seguimos as indicações do GPS ou das indicações rodoviárias? Optámos – até para ver como acabaria o caso – pela primeira hipótese e acabou mal: tivemos de voltar para trás. Já cá em Portugal nos aconteceu algo semelhante: fomos parar a uma estrada sem continuação (mas bem sinalizada). Lição: seguir o GPS enquanto não houver indicações escritas nas estradas. Continuando: a povoação que nos aparecia no GPS como El Perdigon era vizinha, verificando-se que os nomes estavam trocados. Ao chegar à verdadeira El Perdigon procurámos algo parecido com uma ‘bodega’ mas todas as setas nos indicavam portas mais ou menos discretas. Perante isto batemos a uma e alguém nos abriu uma porta que ficava de frente para umas escadas que desciam até quase não se ver. Com uma pequena lâmpada a meio e outra no fundo lá fomos descendo os degraus até ao final dos 12,5 m de profundidade. Felizmente ninguém era claustrofóbico. Após conversa com o dono – homem de poucas palavras mas de boas acções – lá fomos recebendo umas rodelas – poucas – de enchidos. Os nossos amigos espanhóis olhavam para nós como que a perguntar: ‘Teremos sido enganados?’. Mas não: aquilo era apenas para criar alguma expectativa e água na boca. Depois veio uma terrina cheia duma bela salada mista e mais enchidos e um grande chouriço ‘à maneira’. Tudo acompanhado com bom pão e um belo vinho da casa. Quando já quase estávamos cheios veio o prato forte: uma enorme travessa com costeletas de borrego. Maravilha. Lá tivemos de arranjar espaço no estômago para não as deixarmos abandonadas, embora isso não tenha sido totalmente conseguido. Claro que não houve sobremesas. Apenas café. E no fim pagámos 35 € por tudo. Tivemos ainda direito a uma visita guiada a esta ‘bodega’ escavada na rocha, tendo nos dito o dono que toda a aldeia estava sobre este tipo de subterrâneos onde guardavam as suas produções vinícolas que, como prováramos, eram muito agradáveis.
Uma curiosidade: na decoração da ‘bodega’ havia uma gaita-de-foles com as cores portuguesas.
Mais uma bela sugestão que os nossos amigos da quinta nos tinham feito.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

ZAMORA - Espanha

No dia seguinte, após termos visitado Toro, dirigimo-nos a Zamora, também acompanhados com alguns conselhos dos nossos amigos da quinta.
Zamora é uma cidade bastante maior que Toro, nela já se cheira o ar tão característico das cidades maiores.
Como não podia deixar de ser andámos sem rumo - quase - pelas suas ruas, apreciámos pastelarias, visitámos livrarias, entrámos em igrejas e na sua catedral, procurámos visitar os seus moinhos de água, passeámos nas margens do Douro – sempre ele – e sobre uma das suas pontes – à noite; enfim, fizemos o que qualquer turista teria feito.
É uma cidade que vale a pena visitar, muito agradável.
Tínhamos chegado cedo e por volta das três da tarde decidimos procurar almoço.

TORO - Espanha

No seguimento duma mensagem anterior aqui estamos a falar da nossa primeira visita a Toro, Espanha, no passado feriado do 5 de Outubro. É uma pequena cidade de que ouvimos falar pela primeira vez quando estudámos História de Portugal, já nem recordamos há quanto tempo; mas nessa altura falava-se dela, hoje não sabemos.
Como o que mais apreciamos quando viajamos é ver as pessoas e os seus costumes - as suas faces, as suas atitudes, o que fazem, como ocupam o seu tempo, como se relacionam umas com as outras, como se vestem etc. – e só depois os monumentos, isso foi fácil de concretizar nesta pequena cidade, não nos sentindo defraudados.
Portanto, metemos logo conversa com os proprietários da quinta onde nos alojámos – e de que ficámos amigos – e o Pascual começou logo – como não podia deixar de ser - por nos aconselhar dois ou três restaurantes para o almoço e jantar do nosso primeiro dia. E seguimos o seu conselho que muito agradecemos.
A visita a Toro foi muito apreciada por nós quatro, sempre acompanhada por uma infindável conversa – já não nos víamos há dois anos – que a ilustrava ainda mais. Visitámos a Colegiata de Santa Maria la Mayor – num românico espectacular, o Palácio dos Condes de Requena, o panorama do Douro, as suas igrejas românicas, o mosteiro de Sancti Spiritus e a cidade propriamente dita, com as suas torres, as suas ruas, as suas gentes.
No mosteiro de Sancti Spiritus pudemos admirar três mausoléus (em fila): o primeiro é o da senhora que o fundou – a infanta portuguesa Teresa Gil, o segundo é da primeira prioresa, e o terceiro – um maravilhoso trabalho em alabastro – é da infanta Beatriz de Portugal e rainha de Castela.
Foi um dia muito bem passado, muito bem saboreado, e muito melhor acompanhado
.

domingo, 25 de novembro de 2007

MATA PEQUENA

Quando há dias andámos por Broas fomos a uma pequena aldeia chamada Mata Pequena que fica entre Cheleiros e Igreja Nova. Já por perto tínhamos andado, procurando moinhos de água, azenhas e moinhos de vento, mas nunca a tínhamos visitado. É, como foi dito, uma pequena aldeia com meia dúzia de casas mas em que podemos encontrar alguns pormenores muito interessantes. Aqui ficam três exemplos.

ERICEIRA - III

Mas o mar da Ericeira também nos possibilita bonitas e pacíficas imagens. Aqui ficam três imagens muito recentes que nos enchem a alma e nos ajudam a viver com ele.

ERICEIRA - II

Já que falámos anteriormente do mar da Ericeira aqui ficam três imagens – com dois ou três anos - de um ataque ao molhe que, hoje, já quase não existe. São exemplos de como este mar tão belo e tão forte continua a ser indomável. Por vezes aparenta um adormecimento e uma paz com o Homem que são – podem ser – enganadores porque, ele, mar, terá sempre a última palavra. É das coisas que se amam ou não, mas, tanto num caso como noutro, tem de ser respeitado, devendo-se tentar prever – quando possível - as suas inconstâncias. Sem estas, e muitas mais outras condições – não somos especialistas nesta matéria -, não será nada fácil nem seguro viver com ele.

ERICEIRA - I

Por muitas vezes que vamos à Ericeira nunca nos cansamos de fazer algumas coisas. Uma das mais agradáveis é tentar olhar de forma diferente para tudo aquilo que já conhecemos e que nos dá tanto prazer. Tantas vezes temos estado no miradouro sul desta tão linda vila e nos temos deliciado com o que de lá se avista. Desta vez ativemo-nos apenas ao que lá existe para nos acompanhar nessa contemplação. Como exemplo aqui ficam três imagens de uma escultura de mulher que vela por esta vila e por este mar e que, como a maior parte de nós, é olhada mas raramente apreciada.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

ESPANHA 05/10/2007

No fim-de-semana que começou com o feriado do passado 5 de Outubro fomos ‘dar uma volta’ até Zamora e Toro (Espanha), embora à vinda tenhamos revisitado Salamanca. Já estava combinado fazer isso para nos encontrarmos com uns amigos de Saragoça, como o fazemos quase todos os anos. Aproveitamos para conhecer melhor os nossos respectivos países.
As cidades mencionadas atrás também fazem parte da nossa História; neste sentido apenas fazemos duas anotacões: Zamora esteve ocupada pelos portugueses durante alguns anos e Tordesillas, com o seu Tratado, fica muito perto. Usámos o turismo rural convivendo com os seus donos: ele cuidando da sua quinta nas margens do Douro, ela exercendo a sua profissão de professora numa escola de restauro de obras e monumentos antigos. Foram eles que nos sugeriram a visita a alguns dos moinhos de água de Zamora nas margens do Douro – las Aceñas de Olivares – que, infelizmente, estavam encerrados (parece que há bastante tempo), que nos sugeriram ir almoçar a El Perdigon e nos permitiram uma pequena visita a um belíssimo palácio em restauro na cidade de Toro – Palacio de los Condes de Requena. Brevemente voltaremos a falar destes locais.
As fotos anexas foram obtidas junto à quinta e nas margens do Douro, em manhãs muito frescas e em que o sol ainda não tinha nascido quando saímos à rua. As teias de aranha, molhadas pela humidade da noite, brilhavam com os raios de sol nascente.




BROAS - 15/11/2007

Há uns dias atrás, ainda não tinha chegado a tão desejada chuva – terá vindo para ficar algum tempo? – fomos com um amigo visitar uma aldeia chamada Broasdizem que medieval, o que não posso certificar embora concorde que é muito antiga – que foi abandonada pelo seus habitantes mas que por vezes tem visitas, umas altruístas – como nós – outras nem tanto. Esta última situação pode-se provar pelos danos causados nas portas e nas janelas pela retirada de algumas pedras que, muito provavelmente, foram colocadas noutras portas e noutras janelas para as ‘embelezar’ e dar um aspecto mais tradicional.
Esta aldeia situa-se entre Odrinhas e Cheleiros, a partir de Almorquim. Tem um belíssima vista sobre o vale do Lizandro e um silêncio e um ar que convidam a voltar. Encontrámos um caçador muito triste por nada ter apanhado mas o meu amigo, à laia de contradição, passados uns minutos ia pisando – literalmente: pisando – um coelho que fugiu assustado e nos pregou um susto por ter aparecido por debaixo dos seus pés sem se ter feito anunciar.
Numa das fotos anexas pode-se ver uma belíssima árvore rodeada, na sua base, por umas grandes pedras que, provavelmente, faziam de banco comunitário, onde, penso, ao fim do dia as pessoas se iam sentar para descansar e conversar um pouco. Noutra delas pode-se ver o que resta de uma antiga adega com a sua prensa e o seu lagar. Noutra ainda pode-se ver a entrada para um curral. Foi um dia bem passado.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

REBOLO


Forma de trituração de cereais ou raízes comestíveis que consistia na utilização de duas pedras: uma inferior, fixa, plana, relativamente larga e ligeiramente inclinada para um dos lados;e outra, móvel, do tamanho que uma pessoa a pudesse agarrar. Esta, pela acção dessa pessoa que a segurava e lhe aplicava um movimento de vai-vém, esmagava o que era colocado sobre a pedra fixa. A pessoa trabalhava de joelhos mas, embora fosse uma posição incómoda, permitia usar o peso do corpo em favor do movimento. A farinha ou grão esmagado tendia a cair para o lado da inclinação. Deu origem à mó circular rotativa. Este processo já era usado no Egipto há cerca de 4500 anos.

26/10/2007 - MAYUMANA

No passado dia 26 de Outubro tivemos a oportunidade de poder assistir no CCB a um espectáculo fora-de-série: os MAYUMANA. Já éramos fãs dos STOMP, agora também o somos dos MAYUMANA. De forma de expressão semelhante – dança, percussão, ritmo e uma boa dose de humor – são contudo diferentes. E ainda bem. Como diz a publicidade são pura energia. E é verdade: energia sonora - percussão, energia corporal – dança e exercícios físicos, energia eléctrica – espectaculares efeitos luminosos, e muito mais. É um espectáculo visual e auditivo difícil de ser explicado por um leigo. Ou gostamos ou não gostamos. É muito, mas mesmo muito, bom.




Sábado 17/Nov/2007

No passado sábado, 17/Nov., fomos com uns amigos almoçar ao Restaurante ‘Trás d’Orelha’ no Catefica, junto a Torres Vedras. Após uma ‘Alhada de Raia’, que regámos com o vinho da casa – J.Nevado, reserva, 14,5º, da produção do chefe - decidimos ‘dar um pulinho’ a Alcobaça para visitarmos a IX Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais que se realizou, como de costume, nas salas e nos claustros do Mosteiro daquela cidade. Bom... Bom... Se o almoço já tinha sido mais, mas muito mais, do que BOM, os docinhos e os licores em Alcobaça foram o finalizar de um sábado dedicado à nossa ALTA gastronomia. Com o apadrinhamento do Chefe Silva que presidiu ao Júri do concurso de doçaria.



Ontem, como já fora combinado anteriormente, nós e os amigos que, em Abril passado, fizéramos um passeio de dez dias a Marrocos, juntámo-nos em casa de uns deles para ver os filmes e as fotografias que foram feitos nessa viagem. Como não podia deixar de ser houve mais uns petiscos e umas regas com um ‘verde’ mesmo muito bom. Brevemente voltaremos a falar desta viagem. Foi bom rever os amigos, recordar belíssimos momentos e voltar a falar de um país diferente, com uma variedade enorme de climas, de terras e de gentes, e que, à partida, nos dizia muito pouco e para o qual fomos com algumas dúvidas. Felizmente acompanhou-nos um guia excepcional que nos fez sentir e saber a sua História, por vezes pondo-a lado a lado com a de Portugal, que nos enriqueceu cultural e humanamente.