quinta-feira, 22 de maio de 2008

CASTRO LABOREIRO - 25/04/2008

Há alguns anos que não íamos a Castro Laboreiro e quando o fizéramos foi sempre partindo de Melgaço. Desta vez variámos: passámos por Arcos de Valdevez, pernoitámos na Peneda, num muito agradável hotel junto ao Santuário da Senhora da Peneda; no dia seguinte partimos para C.Laboreiro onde fizemos um belíssimo passeio sob a direcção da Ecotura. Não esquecer que visitámos em Melgaço, onde também almoçámos, a 'Feira do Alvarinho e do Fumeiro'. Imperdível. Como hoje se costuma dizer. A tarde do 1º dia em C.Laboreiro foi dedicada a conhecer alguns aspectos curiosos e bonitos dos seus arredores, como uma ponte medieval, a sua flora e as dificuldades do terreno que nos esperavam nos dias seguintes. Vimos paisagens muito bonitas, em que o rio Laboreiro se destacava, com as suas pontes e os seus moinhos de água. No segundo dia atravessámos o planalto na direcção de Espanha na procura de lobos, cavalos selvagens – os célebres garranos -, bovinos semi-selvagens, raposas e outros animais que se nos atravessassem no caminho. Nem lobos nem raposas vimos, nem de longe nem de perto. Na verdade não íamos com esperança de que isso acontecesse. Vimos com muita frequência as suas marcas, por sinal muito recentes, de horas atrás. Mas apenas isso. Passámos perto do vale onde normalmente vivem e, por isso, cremos que eles, sim, nos viram. Mas éramos muitos, embora quase não falássemos para manter uma certa paz no lugar. Ficámos em Espanha num albergue, antigo quartel da Guarda Civil, por sinal gerido por um casal português, que nos serviu dois pratos de javali muito bons. Fora outras coisas. Dormimos nuns quartos muito agradáveis e a noite foi muito curta. No dia seguinte regressámos através do planalto mas por outro lado, dando-lhe a volta, visitando algumas mamoas que se encontram nas suas terras – são cerca de 60 – e vimos uma anta que estava descoberta. Passámos por uma turfeira com as suas plantas insectívoras, continuámos a ver os cavalos e os bovinos e acabámos o nosso passeio numa aldeia que possui 4 moinhos de água, um dos quais está recuperado mas cujo dono o mantém encerrado porque há muita gente que não merece ver o que há nas nossas terras. E por uns pagam outros. Tudo aquilo é muito bonito, todos estes pormenores merecem ser desfrutados. Mas o que realmente impressiona é a grandeza da natureza, os seus imensos panoramas – serras, vales, pedras, água por toda a parte – que não adivinhamos quando estamos naquela aldeia tão bonita. Prometemo-nos lá voltar em breve para fazer um novo passeio com a Ecotura, empresa pertencente a uma casal que se dedica a este tipo de eventos e a estudar o lobo, sem o molestar e tentando que as pessoas o conheçam e compreendam melhor.

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