Quando se aprecia e respeita o nosso património – qualquer que seja o tipo – não nos podemos esquecer do património arquitectónico. Este é muitas vezes esquecido até por quem tem por missão zelar pela sua manutenção ou até pela sua restauração. Não é o caso presente, se bem que levasse o seu tempo até o podermos visitar como fizemos na semana passada.
Estamos a falar do Moinho de Papel de Leiria. Este, que foi o primeiro moinho de papel a existir em Portugal e em grande parte da Europa, deixou-nos maravilhados com aquilo que mostra e com aquilo que nos faz imaginar quanto à vida que ali decorreu durante séculos. É claro que naquelas instalações também existiram engenhos de moagem de cereais e um lagar de azeite de efémera existência. Se o engenho de papel era tocado por uma roda vertical, larga, os engenhos de moagem de cereais eram tocados por rodas horizontais – rodízios, bom como o lagar de azeite que não foi restaurado dada a sua pequena dimensão económica.
A sua restauração foi baseada em estudos, pesquisas arquelógicas e comparando com outros engenhos que também existem. A primeira sala de moagem tinha, diziam, seis ou sete engenhos mas que foram apenas restaurados quatro porque no início eram quatro. Contudo uma questão se nos coloca: então porque existem apenas três caboucos? É claro que isso poderia ter acontecido mas porque o fazer se havia espaço suficiente para tal sem ser necessário recorrer a artimanhas arquitectónicas?
A parte relativa ao moinho de papel é pequena, bem mais pequena que o moinho de papel de Paços de Brandão.
A parte relativa ao moinho de papel é pequena, bem mais pequena que o moinho de papel de Paços de Brandão.
Há ainda outra sala com engenhos de moagem e uma roda de água para produzir energia eléctrica mas que ainda não está em funcionamento.
Em resumo: é um belo edifício com belos engenhos de moagem, um moinho de papel, tudo a funcionar perfeitamente, com competentíssimas(os) assistentes e que, embora muito recente, nos faz querer lá voltar muito em breve. Não esquecer uma completíssima e muito bem apresentada brochura sobre o Moinho.
Em resumo: é um belo edifício com belos engenhos de moagem, um moinho de papel, tudo a funcionar perfeitamente, com competentíssimas(os) assistentes e que, embora muito recente, nos faz querer lá voltar muito em breve. Não esquecer uma completíssima e muito bem apresentada brochura sobre o Moinho.
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